12 de novembro de 2010

Herança maldita "BRASÍLIA"

    Foi só passar a eleição com seus programas alegres e coloridos e a realidade insiste em pipocar nas suas mais variadas formas. Como uma chuva de bolinhas, não exatamente de papel.
    Aliás, o escândalo da vez é no banco PanAmericano, do Sílvio Santos, que visitou Lula no meio da campanha e é dono também do SBT, a rede que reduziu o rolo de fita da agressão a José Serra no Rio a uma mera bolinha de papel. Deve ser só coincidência. De concreto, o rombo é milionário, a solução foi negociada com BC e CEF e tudo foi descoberto durante a campanha, mas só divulgado agora.
    Outro "probleminha" detectado antes da eleição, mas que vem à tona depois dela, é que uma das turbinas da usina de Itaipu, com mais de 30 anos de uso, apresenta tr incas de até 30 cm. Quantas outras estão assim? Taí uma boa pergunta, enquanto os dez partidos aliados se estapeiam pelo rico Ministério de Minas e Energia.
    E como o país da urna eletrônica, um dos sistemas mais sofisticados de votação do mundo, não consegue fazer o Enem direito? Rolou de tudo um pouco. Teve prova repetida, erro de gabarito, aluno tuitando, um festival de irregularidades. É nisso que dá fazer as coisas sem licitação -uma semana depois do segundo turno.
    Para completar, mal acabaram de fechar as urnas e lá vem a eleita falar em CPMF, enquanto projetos de aumentos salariais tramitam no Congresso e grassa a suspeita de que as contas públicas chegam a 2011 fora de controle.
    Deve ser por essas e outras que se discute a tal regulamentação da mídia, uma das coisas que a gente sabe como começa e não sabe como acaba. Como as CPIs dos bons tempos do PT na oposição, lembra?
     Lula deveria ter pensado bem ante s de abandonar o governo às moscas e às Erenices para só fazer campanha. Até porque Dilma, coitada, não vai ter a surrada bengala da "herança maldita".

5 de novembro de 2010

CPMF esta à porta...E "ela" nem tomou o PODER!

Brasília
Renato Casagrande
     Numa articulação que recebeu o aval do governo Lula e da presidente eleita, Dilma Rousseff, o presidente nacional do PSB e governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, e outros governadores do partido defenderam a volta da cobrança de um tributo para aumentar os recursos de financiamento da Saúde pública, em substituição a CPMF. O tema foi defendido abertamente pelos seis governadores eleitos pelo PSB, em reunião do partido que aconteceu ontem, em Brasília. Na véspera, Lula e Dilma anteciparam que governadores tinham essa intenção. A CPMF foi extinta pelo Senado em dezembro de 2007.
Eduardo Campos
     Na entrevista coletiva no Palácio do Planalto, quarta-feira, Dilma se adiantou e afirmou que prefere outras soluções à criação de imposto, mas disse que não podia ignorar o movimento dos governadores.
     A ação combinada dos governadores aliados ajuda a evitar um desgaste direto de Dilma de propor a recriação de um imposto na pauta política dos primeiros meses de governo. Deixar que a ideia partisse dos governadores foi a melhor alternativa para resgatar mais uma fonte de financiamento para a Saúde.
     "Tenho colocado ao presidente Lula que há um subfinanciamento da Saúde, que é uma grave questão nas contas dos municípios e dos Estados. Essa é uma questão que está na ordem do dia. Por isso, em parte ou no todo a CPMF deve voltar", disse Eduardo Campos, ao se reunir com os demais governadores e líderes do PSB. "Ao invés de ficar discutindo cargos, vamos debater a necessidade do financiamento da Saúde. Depois que acabou a CPMF, eu não vi baixar preço de nada. O subfinanciameno da Saúde no Brasil chega a R$ 51 bilhões hoje".
     Mas o assunto é tão polêmico, e gera tanto desgaste político, que não é consensual na base aliada de Lula e Dilma. E conta com o repúdio da oposição. Nem mesmo no PSB há um consenso sobre qual o formato deve ser adotado para tentar retomar a CPMF, que no último ano de vigência arrecadou cerca de R$ 50 bilhões.
     Na reunião do PSB, o governador Cid Gomes, do Ceará, defendeu que o mais adequado seria aprovar a Contribuição Social para a Saúde (CSS), um tributo já em discussão no Congresso e que poderia ter uma alíquota de 0,1% sobre toda movimentação financeira - o índice da CPMF era de 0,38%. Rebatizada, essa nova CPMF foi embutida, por lei complementar, ao projeto que regulamenta a Emenda 29, que fica parâmetros para o orçamento da Saúde, mas que não teve ainda sua regulamentação aprovada pelo Congresso.
     De todo jeito, integrantes do PSB alertaram para o risco de desgaste do próprio Congresso Nacional em tentar aprovar um projeto tão impopular. Tanto que o senador e governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse que prefere esperar uma reunião de todos os governadores com Dilma. E defende que a eventual volta da CPMF deveria vir dentro de uma reforma tributária.
     "É preciso ampliar o financiamento da Saúde. Mas o formato e a forma, temos que discutir, e o PSB não vai decidir sozinho. Se for criar um novo tributo, o ideal é que seja feito dentro da reforma tributária" Renato Casagrande (PSB), Governador eleito do Estado
OAB: recriação de tributo é "preocupante"
     O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, repudiou ontem a proposta de recriação da CPMF, feita por governadores à Dilma Rousseff. "Jogar novamente no colo da sociedade a responsabilidade pela saúde, enquanto a máquina pública só aumenta seu gigantismo, é preocupante. A OAB vê com extrema preocupação essa proposta que está sendo introduzida na pauta política do país". Para ele, no entanto, é preciso discutir a questão da saúde, pois o Sistema Único de Saúde (SUS) precisa ser melhorado. Segundo ele, não há como deixar de se exigir uma contrapartida do Estado. "A sociedade só admite discutir a questão dos tributos dentro de uma discussão ampla sobre a reforma tributária, em que se privilegie o cidadão e de forma a fortalecer o pacto federativo".
Oposição critica mobilização
     A oposição recebeu com reservas e pesadas críticas a ideia de ressuscitar a CPMF, na forma da Contribuição Social da Saúde (CSS), que garantiria mais recursos à saúde. Para os líderes da oposição no Congresso não há justificativa plausível nem clima político para a recriação do imposto. A saída para o caos na saúde pública brasileira, alegam, passa pela regulamentação dos recursos que devem ser investidos no setor e a melhoria na gestão destes recursos.
     A oposição enfatiza que depois do fim da CPMF, o governo aumentou outros impostos, arrecandando bem mais do que o que conseguia com a contribuição sobre movimentação financeira, mais conhecido como imposto do cheque.
     Líder do DEM na Câmara, o deputado Paulo Bornhausen (SC) repudiou a ideia e afirmou que o partido não permitirá que a população pague "a conta da eleição". Segundo ele, a defesa feita por governadores do PSB atende a "capricho vingativo" do presidente Lula e da presidente eleita, Dilma Rousseff, de querer recriar o imposto derrubado em 2007 pelo Senado. "A solução para o caos da Saúde pública do Brasil está na regulamentação da Emenda 29 e na profissionalização da gestão", disse.
     "Não conversei com governador e nenhum deles me procurou, mas acredito que, este ano, esse debate não prospera. Não vejo ânimo nesta bancada atual para mudar de opinião. A gastança improdutiva é que anula o crescimento da arrecadação", emendou o líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA). O vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), considera revoltante a proposta de deflagrar a ideia de criação da CSS.

13 de setembro de 2010

Duas vilas de Anchieta vão desaparecer para dar lugar à usina siderúrgica no Espírito Santo

"Aqui, tudo é gente minha. Todo mundo se conhece, não tem violência e nem roubo. Por isso, tenho fé em Deus de só sair daqui no caixão". Assim resume o que sente Petrolina de Jesus Vitor, uma mulher de 93 anos que nasceu, sempre viveu e mora até hoje na comunidade de Monteiro, uma vila do município de Anchieta que vai desaparecer, caso seja aprovado, pelos órgãos ambientais, o projeto de construção de uma usina siderúrgica na região. Se isso acontecer, 110 famílias terão que sair de suas casas - 73 em Chapada e 37 em Monteiro. A história de dona Petrolina reúne um pouco da história de cada um dos moradores das duas comunidades - a outra é Chapada do A - localizadas bem no centro da área onde a Vale pretende instalar a usina. Terra antes habitada por indígenas - pelo menos é o que dizem os artefatos que esporadicamente são encontrados na região -, o lugar não era exatamente onde a mineradora queria instalar sua fábrica de placas de aço no Espírito Santo.
Depois que o primeiro projeto - Companhia Siderúrgica Vitória (CSV), que seria construída em parceria com a chinesa Baosteel - foi rejeitado pelos órgãos ambientais sob alegação de que não haveria água suficiente e que a região não suportaria mais emissão de partículas, a Vale decidiu mudar a localização da siderúrgica. Segundo os executivos da CSU e os técnicos que cuidam do projeto, a mudança visa a exatamente melhorar a localização da usina de aço quanto à emissão de particulados. Em relação ao fornecimento de água, não há influência da localização, já que o segundo projeto prevê a recirculação de mais de 70% da água doce e o uso de água do mar para o resfriamento dos equipamentos.
História esquecida Em Monteiro, dona Petrolina fez sua história, casou-se, criou os 11 filhos, recebe os netos e bisnetos - "perdi a conta de quantos tenho, nos dois casos" - e não cogita ir morar na cidade de Anchieta, onde moram filhas e filhos. Prefere ficar em Monteiro com o filho Ilmo, de 66 anos, aposentado, que cuida dela há três anos. "Depois que me aposentei como cozinheiro de um hotel em Anchieta, eu e meus irmãos conversamos e ficou decidido que eu ficaria morando aqui para cuidar da minha mãe. Os outros filhos dela, netos bisnetos e parentes vêm visitá-la sempre, mas eu é que fico aqui o tempo todo. Não sei o que será dela agora que vamos ter que sair daqui para essa empresa vir pra cá", comenta Ilmo Vitor. A incerteza quanto ao que será da vida e o que restará da história de cada um não é só de Ilmo ou de dona Petrolina. De uma maneira ou de outra, mesmo os jovens, que buscam oportunidades de trabalho, manifestam a preocupação com o que encontrarão pela frente quando deixarem a vida das comunidades de Monteiro e Chapada do A para morar em outros lugares, como espera a Vale. Chapada do A e Monteiro são os nomes das duas comunidades que estão bem na área onde a Vale pretende construir sua siderúrgica, no município de Anchieta. Chapada do A recebeu este nome porque o trem que saía de Jabaquara para Anchieta parava numa chapada onde havia uma caixa d'água, exatamente no local onde hoje está a comunidade formada por 73 famílias. A vila, que fica próxima à Samarco, depois de muita reivindicação junto à prefeitura de Anchieta, tem agora, recém inaugurados, ginásio de esportes e escola com quatro salas para atender os 50 alunos das duas comunidades. Tem ainda estrada asfaltada recentemente, inclusive até à comunidade de Monteiro, o que também era reivindicado. A Chapada do A tem até a sede da empresa Demil, empreiteira que presta serviços para a Samarco Mineração e igrejas.

6 de agosto de 2010

Psicologia das mães de antigamente...

Era uma forma que hoje é condenada pelos educadores e psicólogos, mas funcionou com a gente e por isso não saímos seqüestrando a namorada, calculando a morte dos pais, ajudando bandido a sequestrar a mãe, não nos aproveitamos dos outros, não colocamos fogo nos índios, não pegamos o que não é nosso...
Minha mãe ensinou a: VALORIZAR O SORRISO... "ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!" Minha mãe ensinou a RETIDÃO. "EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!" Minha mãe ensinou DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS.. "SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!" Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA... "PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?" Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO... "CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VC CHORAR!" Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO... " FECHA A BOCA E COME!" Minha Mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO.... "ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!" Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA... "CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ..." Minha Mãe ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS... "OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!" Minha Mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO..... "SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!" Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL..... "SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!" Minha Mãe me ensinou sobre GENÉTICA... "VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!" Minha Mãe me ensinou sobre FINANÇAS... "TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?" Minha Mãe me ensinou sobre a SABEDORIA DE IDADE... "QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER." Minha Mãe me ensinou sobre JUSTIÇA... "UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO ELES FAÇAM PRÁ VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!" Minha mãe me ensinou - RELIGIÃO... "MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!" Minha mãe ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ... "SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!" Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO.-.. "OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!" Minha mãe me ensinou HIGIENE PESSOAL.-.. "LIMPA ESSA BUNDA DIREITO, SENÃO ESFREG0 (CALCINHA,CUECA ) NA SUA CARA" Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO...-. "VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!" Minha mãe ensinou habilidades como VENTRÍLOGO... "NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?" Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO... "EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!" Minha mãe me ensinou a ESCUTAR .... "SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!" Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS.. "SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!..." Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA... "JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!" Minha mãe me ensinou os NÚMEROS... "VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!"

AS FORMAS DE LIDERANÇAS

Uma liderança ideal é algo difícil de ser definida, tendo em vista que um estilo adotado por um líder pode ser extremamente eficaz em determinada situação e, num outro momento, o mesmo estilo poderá ser totalmente inadequado. Por exemplo, um líder de presença marcante, de idéias definidas, o tipo conhecido como “personalidade forte”, pode ser um agente impulsionador para uma equipe composta de pessoas mais dependentes e que possuem uma tarefa a ser cumprida num curto espaço de tempo. Por outro lado, este estilo de liderança poderia causar a desmotivação em pessoas mais maduras, que se realizam ao efetuar suas atividades com autonomia.
Na verdade, esta dificuldade em definir um estilo ideal de liderança, não nos impede de analisar e aprender sobre as muitas formas de liderar, sobre os resultados alcançados por estas ou sobre seus “efeitos colaterais”.
A controvérsia entre os que defendem que uma pessoa já nasce com determinados traços de personalidade para liderar e os que acreditam que a habilidade de liderança é algo adquirido, através das experiências de vida, já não causa tanta polêmica, pois na prática, percebemos que pessoa alguma lidera sempre, em qualquer situação, como já vimos acima. Logo, a teoria dos traços de personalidade não encontra muita sustentação. É comum, entretanto, encontrar pessoas defendendo que o líder já nasce pronto. Na maioria das vezes, estas pessoas percebem que os líderes possuem características pessoais que lhes proporcionam esta habilidade, mas cientificamente não podemos afirmar que eles já nasceram com estas características.
Falemos agora mais especificamente sobre estilos de liderança:
A classificação mais popular das formas de se liderar admite existir a “autocrática” e a “democrática”.
O líder autocrático é mais conhecido como “chefe”. Seria aquele condutor que define o que e como deve ser feito. Podemos supor que se é ele quem define tudo, este acredita ser a sua opinião sempre a mais correta e ainda serem seus subordinados pouco merecedores de confiança. Fica nítido que a atenção principal deste líder está voltada para as tarefas e não para as relações humanas de seu grupo. Baseia seu poder geralmente na posição (cargo) que ocupa.
Já o líder democrático busca compartilhar suas decisões e atividades com os outros membros do grupo. Podemos dizer que ele possui outra visão do ser humano e de si. Caso acredite que todos devam participar do planejamento e execução da tarefa, podemos supor que não acredita ser o dono da verdade e que todos possuem condições de agir com autonomia e responsabilidade. Sua atenção está voltada principalmente para as relações interpessoais e vê seu poder baseado na credibilidade que o grupo lhe atribui.
Esta teoria, que divide a liderança em autocrática e democrática, é antiga e simplista. No entanto, podemos perceber que a maioria das outras são embasadas nesta classificação.
Quando saímos da teoria, podemos observar que raramente um líder possui apenas um estilo, que seja sempre autocrático ou sempre democrático. Ou ainda que, embora seja predominantemente democrático, não possa também possuir uma grande atenção para a tarefa.
Esta “mescla” de estilos na mesma pessoa pode ser extremamente benéfica. Como já dissemos anteriormente, a defesa de apenas um estilo como sendo o mais adequado é praticamente impossível, já que existem inúmeras situações pelas quais um grupo pode estar passando e que exigirá uma forma ou outra de liderança. Fatores como a maturidade dos membros do grupo, o relacionamento grupal, as crenças e valores pessoais, as diferentes tarefas que serão cumpridas e os prazos para execução, entre outros, deverão certamente influenciar no comportamento do líder.
Diante desta constatação Ken Blanchard e Paul Hersey (1969), sistematizaram a teoria da liderança situacional. Com este raciocínio, podemos analisar as diferentes situações com que nos defrontamos diariamente e conseqüentemente, os estilos mais adequados para lidar com cada uma delas.
Podemos por exemplo verificar o grau de motivação, o comprometimento e o preparo técnico da equipe que lideramos.
Suponhamos, a partir disto, quatro situações diferentes:
1) Numa equipe extremamente motivada, comprometida em alcançar o sucesso e bem preparada tecnicamente, podemos supor que a atenção do líder deverá estar voltada apenas para a definição de objetivos e verificação dos resultados.

2) Numa outra situação, podemos nos deparar com uma equipe formada por pessoas altamente capacitadas, porém não demonstrando motivação e comprometimento com os resultados. Neste caso, o líder não se preocupará com aspectos técnicos na execução das tarefas, mas estará voltado para o incentivo e estímulo dos participantes.

3) Pensemos numa outra situação, inversa da descrita acima: uma equipe motivada e comprometida, porém incompetente para a realização das tarefas exigidas. Neste caso, o foco principal do líder deveria ser o de capacitação técnica dos demais, através de treinamento.

4) Por fim, vamos imaginar um grupo de pessoas desmotivadas, descomprometidas e incompetentes. Aí, a atenção do líder necessitaria estar voltada para todos os aspectos discutidos nas situações anteriores.

Assim, fica clara a necessidade do líder desenvolver sua sensibilidade e percepção, “diagnosticando” sua equipe, para que possa definir deliberadamente como irá atuar. Não podemos nos esquecer que, em qualquer situação em que uma equipe possa estar, o líder nunca deverá perder de vista suas funções básicas de gerenciador, com atenção concentrada nos objetivos e resultados.
Por fim, seria fundamental lembrarmos que uma mesma equipe, assim como cada indivíduo, passa por diferentes graus de maturidade, ao longo de sua existência. Isto é importante para que não rotulemos as equipes de maduras ou imaturas. E lembre-se: a responsabilidade em tornar uma equipe cada vez mais madura é fundamentalmente do líder.

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